
Uma das coisas mais difíceis na hora de implementar a sociocracia é mudar nosso modelo mental: de cargo para papel.
Cargo x Papel
Ao invés do cargo de chefe, com o poder único de decidir a pauta, fazer a reunião, definir quem faz o quê, levar as informações para a alta liderança e onde a equipe não tem voz, a sociocracia quebra isso em vários papéis, descentralizando o poder e a tomada de decisão.
Responsabilidade
Quando eu energizo um papel, eu assumo a responsabilidade pelo que precisa ser feito e tenho autonomia para tomar decisões. Posso pedir ajuda, posso pedir colaboração, mas a decisão final sobre o que será feito é minha. Trabalhar com autonomia pode ser libertador, mas exige muito comprometimento e responsabilidade. Afinal, além de mim, existem outras pessoas que energizam outros papéis no círculo e que contam comigo para que o propósito do círculo seja atingido.
Por isso, antes de me eleger para energizar um papel e ter autonomia eu preciso ter clareza de que:
Competências e habilidades alinhadas ao papel
Tenho as habilidades necessárias (ou posso desenvolver sem grandes problemas e dizer isso ao círculo)?
Consigo dar conta das responsabilidades que meu papel exige?
Se eu tiver problemas, me sinto confortável em compartilhar isso com meu círculo e pedir ajuda?
Todas essas reflexões ajudam a construir a autonomia, tão importante para que os círculos e papéis possam atingir seu propósito.